terça-feira, 11 de setembro de 2007

o mosquito

Estava eu
ali sentado,
naquela cadeira chinesa,
castanha negra escura,
olhando.
Levanto-me!
Morre!

Surge a música linear.
Morreu…
Olhando de novo.
Não morreu.
O mosquito,
ciranda,
está ali,
flutuando
numa elipse,
decima do papel.
A menina,
que reside no papel,
observa-o.
O mosquito
desenha a sua elipse,
concêntrica ao olho,
da menina,
e que séria ela está.
Pensar,
que alguma coisa
se afirma
naquela folha fina
de papel…
Levanto-me!
Afasto-me.
Não posso,
atentar à vida,
do mosquito,
apaixonado,
pela menina,
naquela folha fina
de papel…
E que faria ela,
se eu matasse,
quem a admira,
de tal maneira?

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Transformação

Estou sempre em transformação,
Estou agora aqui,
e quis…
estar aqui,
mas os impulsos inatos,
alteram-se,
e esta vontade de escrever,
aperta mais…
que me pergunto,
continuarei
a escrever mais e mais,
e mais facilmente?
A dor,
é boa aliada de escrever.
mas os impulsos inatos..
…ah…
não.
nasci observador,
e começo a saber,
ou acreditar…
Serão a mesma coisa?
Portanto…
não sou um fazedor,
mas um admirador.
E tudo o que não admiro,
…faz sentido…
é o que me dá,
impulso de fazedor,
mas,
quando faço,
gosto mais quando tento,
o que admiro.
E assim se gira.