terça-feira, 11 de setembro de 2007

o mosquito

Estava eu
ali sentado,
naquela cadeira chinesa,
castanha negra escura,
olhando.
Levanto-me!
Morre!

Surge a música linear.
Morreu…
Olhando de novo.
Não morreu.
O mosquito,
ciranda,
está ali,
flutuando
numa elipse,
decima do papel.
A menina,
que reside no papel,
observa-o.
O mosquito
desenha a sua elipse,
concêntrica ao olho,
da menina,
e que séria ela está.
Pensar,
que alguma coisa
se afirma
naquela folha fina
de papel…
Levanto-me!
Afasto-me.
Não posso,
atentar à vida,
do mosquito,
apaixonado,
pela menina,
naquela folha fina
de papel…
E que faria ela,
se eu matasse,
quem a admira,
de tal maneira?

2 comentários:

Anónimo disse...

O mosquitinho!
que bom foi para o mosquitinho ter-se apaixonado pelo olhinhos da menina,porque a sua paixão salvou-lhe a vida....

Frances disse...

que delicia!