domingo, 11 de fevereiro de 2007

sem título

Ter medo é morrer.
Medo de entregar.
A vida que espera. Tu esperas.
Pensas no quê? O que foi? Foi?
Ou ainda nada foi, e tudo o que podia ter sido acabou.
Preso no passado, batendo os tambores da memória, cada dia mais mudos.
Não consigo ouvir!
Às vezes... e a esperança ri-se.
E pensa!
Será que ela está viva, essa criança risonha, ou sobra a carcaça?
Vida tantas vezes repetida, sempre a mesma morte... também a vida.
Essa, esta e aquela, a outra.
Quem me avisa?
És tu?
Sei lá que fazer.
A verdade, não consigo...
Há quem faça por mim. Mas quem matou fui eu, e agora vê, a morte.
Afinal podes sorrir.
Podes.

1 comentário:

Anónimo disse...

A criança vai sempre estar lá, bem no fundo, à espera do momento de saltar, de voltar a ser. É assim a vida, há dias em que somos adultos, noutros já somos velhos mas... Ah, afinal não! Está tudo bem! A criança ainda existe em nós, vai lá estar sempre, a esperança não morre, nunca...